O prefeito Nelson Marchezan encaminhou à Câmara de Vereadores nesta terça-feira (9) um projeto de lei para autorizar a contratação de um financiamento de R$ 61,5 milhões destinado à construção de 540 moradias na Zona Sul de Porto Alegre. Os recursos foram autorizados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela Caixa Econômica Federal, e fazem parte do Programa Atendimento Habitacional através do Setor Público (Pró-Moradia).
No total, três empreendimentos serão erguidos no bairro Cristal, atendendo famílias que vivem às margens do Arroio Cavalhada. Os terrenos faziam parte do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), que aumentou a capacidade de tratamento de esgoto em Porto Alegre. Famílias que moravam nas áreas em que ocorreram as obras do Pisa terão prioridade na ocupação das novas moradias.
— Anunciamos ontem um grande investimento na área da segurança, há alguns dias assinamos um contrato com a Caixa para construção da ETA Ponta do Arado, e agora confirmamos mais recursos na área da habitação e saneamento. Isso simboliza nossa recuperação na capacidade de investimentos — disse Marchezan, durante apresentação do projeto.
De acordo com a proposta, também estão previstas obras como instalação de rede de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, rede de distribuição de energia e iluminação pública. A estimativa do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) é que os trabalhos comecem até o fim deste ano. As obras devem durar 18 meses.
Entre 2008 e 2018, 967 famílias receberam bônus moradia do Pisa, 261 foram beneficiadas com unidades habitacionais e 86 com regularização fundiária, contemplando moradores das vilas Foz, Campos Velho, Hípica, Nossa Senhora das Graças, Icaraí I e II, Pantanal, Upamoroti, Angelo Corso e Barbosa Neto.
Outros dois projetos de lei relacionados a investimentos também foram encaminhados pela prefeitura aos vereadores: um que autoriza o financiamento de R$ 80 milhões para investimentos em segurança pública no município, e outro para contratação de um financiamento de R$ 86,9 milhões para melhorias no saneamento básico e estudos que apontem rotas mais adequadas ao tratamento de resíduos sólidos.