Porto Alegre será a cidade-sede da Semana Nacional do Patrimônio Cultural, que ocorrerá de 21 a 25 de outubro de 2019. A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (7) pela presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, que está em visita ao Rio Grande do Sul. Em cerimônia no Palácio Piratini, ela detalhou as ações do Iphan ao governador Eduardo Leite e ao ministro da Cidadania, Osmar Terra. Nesta sexta (8), o Iphan assina a ordem de início para uma série de obras no entorno do sítio arqueológico de São Miguel das Missões, no valor de R$ 3 milhões.
De acordo com a presidente do instituto, o ano de 2019 será dedicado a divulgar o patrimônio cultural e turístico do Sul do Brasil, abrangendo os três estados da região. Por isso, estavam na disputa para sediar o evento tanto o Rio Grande do Sul, como também Santa Catarina e Paraná.
— No ano passado, o Iphan dedicou o trabalho ao Norte do Brasil. Durante 2019, todas as ações serão sobre esses três estados (do Sul). A Semana Nacional, em Porto Alegre, culminará os trabalhos — explica, ao detalhar que a programação irá contemplar a 32º edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, além do Seminário Internacional de Patrimônio com o subtema Turismo. — A promoção turística é fundamental para a preservação do patrimônio. O Iphan fiscaliza, reconhece e trabalha pela preservação, mas precisamos da parceria do Ministério do Turismo. O patrimônio só se preserva se ele tiver uso e se ele for apropriado pelas pessoas — defende.
Para o governador Eduardo Leite, a valorização da identidade cultural depende de condições econômicas.
— Toda exploração que se possa fazer economicamente desse patrimônio ajuda na própria preservação. A movimentação econômica gera emprego, gera riquezas que ajudam a preservar o patrimônio e, ainda, devolvem à população esse valor em renda. O Iphan tem essa consciência, nós temos essa consciência e o evento será importante para discutir políticas públicas — destaca Leite.
Enquanto isso, a região das Missões receberá, já nesta sexta, recursos do PAC Cidades Históricas. Serão investidos R$ 3 milhões em implantação de trilhas, ciclovias, pavimentação de calçadas, condições de acessibilidade, novo paisagismo e requalificação de três praças. A intervenção no entorno do sítio arqueológico tem como objetivo qualificar a cidade. A previsão de conclusão é para daqui a um ano.