Após a cerimônia em que tomou posse, o novo secretário da Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, confirmou, nesta segunda-feira (7), a abertura de mais 36 vagas para pessoas com transtorno mental grave em residenciais terapêuticos. Atualmente, são 14 vagas — a cidade mais do que triplicará a oferta a pessoas sem apoio familiar ou autonomia para viverem sem ajuda permanente.
As vagas serão contratadas, nesta terça-feira (8), junto ao Instituto Renascer. Serão três residenciais terapêuticos onde os pacientes terão acompanhamento de saúde e social.
— Boa parte dos pacientes passará a vida lá, mas alguns, em casos raros, precisam apenas de um ambiente para se organizar (e sair). São locais para pessoas com comprometimento muito grave à saúde mental, que não têm autonomia para viver de aluguel ou procurar emprego, que precisam de uma tutela para tratamento — disse Stürmer, ao lado de seu secretário adjunto, da pasta, Natan Katz.
O secretário também garantiu que, neste mês, será aberto o quarto posto de saúde com atendimento estendido na cidade. A Unidade de Saúde Ramos, no bairro Rubem Berta, ficará aberta até as 22h, como já ocorre com as unidades São Carlos, Modelo e Tristeza. O secretário também afirmou que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas IV, que já opera parcialmente nas proximidades da rodoviária, passará a funcionar plenamente até o fim de março.
Além de Stürmer e Katz, tomaram posse, nesta segunda, mais três secretários e um adjunto: Nádia Gerhard, a Comandante Nádia (Desenvolvimento Social e Esporte), Eduardo Cidade (Desenvolvimento Econômico) e Juliana Castro (Planejamento e Gestão). O adjunto de Juliana será Daniel Rigon — em 2018, ele ocupou o cargo de coordenador-geral do Escritório do Metrô de Porto Alegre (MetroPOA), órgão que já estava extinto desde 2016. Após reportagem de GaúchaZH e determinação do TCE, Rigon foi trocado de cargo comissionado (CC).
"Não queremos assistencialismo", diz titular do Desenvolvimento Social
Nova secretária do Desenvolvimento Social e Esporte, Comandante Nádia afirmou que não apoia o assistencialismo e que as pessoas não devem depender dos governos:
— Não queremos o assistencialismo, queremos pessoas independentes, que sejam protagonistas de suas vidas. Quanto mais a pessoa depender do governo, mais ela deve sua obrigação através do voto.
Segundo a nova secretária, um terço da população de Porto Alegre vive na miséria:
— Veja, bem, são 287 mil CPFs que dependem da prefeitura. Por certo, podemos multiplicar isso por dois, porque tem o esposo, a esposa da pessoa. Isso é algo muito crítico. Podemos dizer que um terço da população de Porto Alegre vive em estado de penúria, de miséria. E não podemos mais admitir isso.