O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, fez um balanço de sua gestão nesta segunda-feira (10), em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha. Ao ser apresentado a reclamações de moradores sobre problemas na cidade, como a conservação do asfalto, Marchezan disse que as soluções passam por sanar as contas da prefeitura. Conforme o prefeito, uma avaliação da Secretaria de Tesouro Nacional aponta que a cidade tem a pior situação financeira entre as capitais do Brasil.
— Nos últimos 25 anos, Porto Alegre operou dois no azul. Em todos os outros anos, é a única capital brasileira que opera no vermelho. A única que acaba o ano no vermelho, devendo para fornecedores.
Sobre a buraqueira no asfalto, que surge em diversos pontos da Capital e é um dos aspectos que mais causa indignação em moradores da cidade, o chefe do Executivo voltou a defender que a resolução do problema passa pelo reajuste no cálculo do IPTU e a suspensão de aumento de salário automático de servidores — mesmo assim, o reflexo só ocorreria a longo prazo:
— Só no meu final (de gestão), em 2020, eu vou pagar em dia os servidores. Só lá em 2020. No ano que vem, não tem mais chance. Mas os próximos prefeitos vão começar a aumentar seu potencial gerencial, vai começar a sobrar um pouco de dinheiro — argumenta.
Em novembro, a pedido do novo líder do governo na Câmara, vereador Mauro Pinheiro (Rede), a prefeitura retirou a solicitação de urgência na votação do projeto do IPTU. A apreciação deve ficar para o próximo ano — o Executivo tenta aprovar a pauta desde 2017, mas não consegue maioria entre os vereadores.
Saúde
Área que define como "uma das boas" do governo, Marchezan ressalta os avanços na saúde na Capital. O prefeito cita, como exemplo, o Hospital Santa Ana, que inaugurou 205 leitos de retaguarda no último mês.
— É impossível que as pessoas não percebam a melhora na saúde em Porto Alegre. Nós abrimos hospital novo. A Restinga está fazendo coisas que nunca fez, virou um verdadeiro hospital, que não chegava a ser.