O resultado positivo do primeiro dia do mutirão de conciliação envolvendo as famílias impactadas pela obra da nova ponte do Guaíba e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi comemorado pelos técnicos da autarquia. A Justiça Federal estava preparada para conduzir 53 audiências. Desse total, houve 48 acordos.
Nesta terça-feira (30), estão previstas outras 50 negociações. O mutirão será encerrado na quarta-feira (31) com mais 50 reuniões.
O Dnit precisa garantir que 110 famílias sejam remanejadas da Ilha Grande dos Marinheiros para que seja possível entregar parte da obra nos próximos meses. Mesmo que alguma família que esteja no traçado da rodovia não aceite o acordo, sua casa poderá ser remanejada para uma área já desabitada, o que garantiria a continuidade da obra.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chega a dizer que quer a entrega de parte da ponte em dezembro, mas o prazo mais razoável é prever liberação parcial entre janeiro e fevereiro. E o Dnit já tem recursos para realizar a transferência de 300 das mil famílias. Mas vai precisar de um aporte de mais R$ 100 milhões para garantir a conclusão do reassentamento e da obra em 2019.
Às famílias, são apresentadas três possibilidades: A primeira é a chamada compra assistida, quando a autarquia adquire uma casa sugerida para a família. A segunda é a construção de uma unidade habitacional a ser viabilizada pelo Dnit.
Se esta opção for escolhida, as famílias precisarão esperar mais tempo, pois as casas ainda precisam ser construídas, pois o licenciamento ainda está em análise pela Prefeitura de Porto Alegre. A terceira escolha é o ressarcimento em dinheiro.
A construção da nova ponte começou em outubro de 2014. A obra já está 70,3% concluída.