O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estipulou setembro como o prazo máximo para concluir a transferência de 120 das mais de mil famílias que precisam deixar suas casas para dar lugar à nova ponte do Guaíba. O objetivo é acabar com as obras da travessia até o mês de dezembro.
A estrutura está 60% concluída. As obras começaram no fim de 2014 e deveriam ter sido concluídas após três anos. A previsão anterior era de que os trabalhos terminassem em novembro de 2019.
A ideia de antecipar a obra foi apresentada pelos técnicos do Dnit gaúcho ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, na sexta-feira (27). Mas previa finalizar os trabalhos em janeiro do próximo ano. Marun exigiu uma antecipação ainda maior: que a ponte esteja pronta no final de dezembro.
Promessa depende da compra de 2 mil moradias
A autarquia não depende apenas de si para cumprir este cronograma. O primeiro passo é esperar que a Justiça Federal aceite a proposta de não mais fazer novas casas para estas famílias, mas comprar imóveis já construídos e que fazem parte de uma lista de 2 mil residências cadastradas pelo Dnit na Grande Porto Alegre. Depois, ainda precisa que a escolha das novas moradias ocorra e que as famílias façam a mudança.
- A velocidade do reassentamento das famílias é que vai dar o tom da conclusão da obra. A gente acredita que tem como cumprir esse cronograma. O órgão trabalha no reassentamento e compra assistida. Essa obra é a nossa "prioridade um" - disse o diretor-geral do Dnit, Halpher Luiggi Mônico Rosa, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (31).
O Governo Federal ainda precisará enviar R$ 100 milhões para que os 40% restantes sejam concluídos. E, segundo Rosa, a nova ponte do Guaíba e as duplicações da BR-116 e da BR-290 estão entre as 56 obras escolhidas pela União que não vão sofrer corte no orçamento até o fim do ano.