Iniciadas em outubro de 2014, as obras da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre, têm 60% da execução concluída, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O órgão projeta para o segundo semestre de 2019 o término da estrutura — previsto, inicialmente, para setembro de 2017 —, mas há dúvidas se o prazo será cumprido.
Até o momento, foram investidos cerca de R$ 440 milhões nos trabalhos, que nos últimos anos foram afetados por atrasos na liberação de recursos, ameaças de cortes orçamentários e paralisações.
Em visita a Porto Alegre em novembro passado, o então ministro dos Transportes, Maurício Quintella, prometeu repassar R$ 240 milhões para a finalização do projeto. No fim de 2017, foram empenhados R$ 190 milhões, valor que, segundo o Dnit, será utilizado ao longo de 2018.
Se o imbróglio financeiro está provisoriamente resolvido, uma outra situação pode acabar atrasando, mais uma vez, o cronograma oficial: as dificuldades para a transferência de cerca de mil famílias que vivem no entorno e precisam ser reassentadas.
A questão está sendo discutida entre os governos federal, estadual e municipal, mas o presidente do Movimento Ponte do Guaíba, Luiz Domingues, avalia que, dificilmente, o problema será resolvido dentro do prazo.
— Os R$ 50 milhões que ficaram faltando para as obras deverão ser liberados pelo governo federal. Acredito que isso não será problema. Mas as obras vão acabar parando, porque ainda não começaram a remover as famílias. Antes de 2020, a ponte não estará pronta — adverte Domingues.
A assessoria de comunicação do Dnit informou que os técnicos do órgão estão empenhados, trabalhando em conjunto com as demais esferas envolvidas, para solucionar a questão o mais rápido possível e, assim, garantir o cumprimento do cronograma.