O segundo Dia D de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite, marcado para este sábado (15), terá 109 postos de saúde abertos em Porto Alegre. A informação é da Secretaria Municipal da Saúde, que contará com mais de 2 mil agentes envolvidos em nova mobilização contra as duas doenças. Até quinta-feira (13), a capital gaúcha alcançou apenas 69% do público-alvo de aproximadamente 65 mil crianças entre 1 e 5 anos. A orientação do Ministério da Saúde é atingir 95% desse total — o que equivale a 61 mil crianças em Porto Alegre.
Abaixo da estimativa do governo federal, 137 municípios gaúchos prorrogaram a campanha para até esta sexta-feira (14). Em Porto Alegre, um mutirão no sábado manterá postos abertos entre 8h e 17h, tudo para garantir a imunização das crianças.
Conforme o secretário Erno Harzheim, todas as formas de dar acesso facilitado aos serviços foram executadas para garantir o atingimento da meta.
— No sábado, mais de 2 mil agentes estarão a postos. Os pais podem buscar a unidade de saúde mais próxima da residência para imunizar seus filhos — salienta, ao frisar que, nas últimas semanas, a secretaria realizou ações para sensibilizar a população em escolas e anúncios em locais de grande circulação, além de intensificar visitas domiciliares para buscar o aumento da cobertura vacinal.
De acordo com o Ministério da Saúde, devem ser vacinadas crianças entre um 1 a 5 anos incompletos — mesmo aquelas que tenham sido vacinadas contra pólio ou sarampo devem ter a situação vacinal analisada. Para tanto, é necessário que pais ou responsáveis levem a caderneta de vacinação e o Cartão SUS.
Até então consideradas erradicadas, tanto o sarampo quanto a poliomielite reapareceram no Brasil, inclusive com surtos no Rio Grande do Sul. Apesar disso, o índice de cobertura vacinal ainda é considerada abaixo da meta estabelecida. De acordo com os registros do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a cobertura no Rio Grande do Sul é de 92,83% para poliomielite e 92,49% para sarampo, abaixo dos 95%. No país, 93,83% e 94,07%, respectivamente.