A campanha de vacinação contra o sarampo e a poliomielite segue até a próxima sexta-feira (14) em 145 municípios gaúchos que ainda não atingiram o percentual recomendado. Em nove cidades, a meta ainda está longe de ser cumprida – os índices não passam de 70%.
Os locais com os percentuais mais baixos de vacinação são Porto Alegre, Rio dos índios, Barão do Triunfo, Lavras do Sul, Coqueiro Baixo, Gramado Xavier, Charrua, Capão do Leão e Chuí. Nesses municípios, os índices são considerados críticos.
— Essas são as cidades com as piores coberturas, onde a situação é mais preocupante. A gente espera que, com a prorrogação da campanha, elas consigam atingir a meta. O Estado está correndo um risco com o aumento no número de casos — alerta Juliana Dourado Patzer, técnica da Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.
Em Porto Alegre, postos de saúde estarão abertos no próximo sábado (15), no chamado Dia D de vacinação. A lista com as unidades ainda não foi definida. Na Capital, os índices de vacinação estão em 68% contra as duas doenças. No Estado, o percentual é de 91%, sendo que a meta é 95%.
O sarampo voltou a ser registrado no Rio Grande do Sul neste ano e o número de casos já é o maior dos anos 2000. São 23 casos confirmados, sendo 16 em Porto Alegre, o que já é considerado um surto pela Secretaria Estadual de Saúde.
A campanha é focada em crianças de um a cinco anos incompletos. A Secretaria de Saúde orienta que mesmo as crianças com o esquema vacinal completo devem receber uma dose extra. Os adultos ou crianças mais velhas que não tiverem o calendário completo também podem procurar os postos de saúde.
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou a ser aplicada em 1997 e é indicada no calendário básico quando a criança completa um ano. Aos 15 meses, a criança deve ser imunizada com a vacina tetraviral, que protege de sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A vacina está disponível na rede pública durante todo o ano.
No caso da poliomielite, a vacina é indicada para crianças menores de um ano e deve ser aplicada em três doses: aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade. Depois, a criança deve receber dois reforços da vacina oral, aos 15 meses e aos quatro anos. Não há casos confirmados dessa doença no Rio Grande do Sul.