Sem conseguir atingir a meta de vacinação no Rio Grande do Sul contra sarampo e poliomielite, a Secretaria Estadual da Saúde está orientando os municípios a prorrogar a campanha até o dia 14 de setembro. A medida é indicada para as 165 cidades gaúchas que não conseguiram vacinar 95% do público-alvo, como era o esperado pelo Ministério da Saúde. A campanha começou no dia 6 e deveria terminar oficialmente na última sexta-feira(31). No entanto, ao menos 60 municípios abriram os postos também no sábado (1), visando melhorar os índices.
Na média, o Estado alcançou 87% do público-alvo, o que representa mais de 900 mil doses aplicadas. Os melhores registros foram nos municípios das regiões Norte e Missões e os índices mais baixos foram registrados na Região Metropolitana.
A estimativa do governo gaúcho é de que 68 mil crianças ainda precisem ser vacinadas.
O município com melhor índice de vacinação é Bom Progresso, no norte do Estado, que teve 154% da meta atingida. O pior é Chuí, na fronteira com o Uruguai. Foram vacinados apenas 54% das crianças do público-alvo.
A vacina da pólio está disponível durante o ano todo nos postos e é indicada para crianças menores de um ano de idade em três doses: a primeira aos dois meses, seguidas de outras duas, aos quatro e aos seis meses, todas elas injetáveis. A proteção é completada com dois reforços da vacina oral, aos 15 meses e aos quatro anos.
Em relação ao sarampo, a proteção ocorre por meio da vacina tríplice viral, indicada no calendário básico quando a criança completa um ano. Aos 15 meses, ela é complementada com a vacina tetraviral, que protege contra as mesmas três da tríplice viral, acrescida da catapora. O sarampo não era registrado no país desde 2015. Contudo, somente neste ano, são 23 casos confirmados no Rio Grande do Sul.