O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, defende que não há responsabilidade da sua gestão no fato de o Carnaval competitivo ter sido cancelado pelas escolas de samba. Segundo Marchezan, a prefeitura fez os esforços possíveis, mas a decisão de não usar dinheiro público para o evento cultural está mantida.
— A responsabilidade da nossa administração? Nenhuma! Fizemos os esforços necessários e estamos à disposição para todas as sugestões. Agora, botar recursos públicos em qualquer evento, no momento em que temos dificuldades em pagar as creches comunitárias, é um ato questionável juridicamente — afirmou o prefeito.
Questionado se a prefeitura deveria buscar parcerias com a iniciativa privadas para viabilizar o Carnaval, o prefeito argumentou que, nesse caso, seria preciso apoiar todos os demais eventos na busca por recursos.
— Pode ser, mas teríamos que buscar para inúmeros eventos que acontecem em Porto Alegre, e no ano passado nós ajudamos. Todo o patrocínio que nós conseguimos para a Semana de Porto Alegre do ano passado foi direcionado para o desfile. Este ano nós tentamos, mas, assim como as escolas não conseguiram, a prefeitura também não conseguiu — argumentou.
Este será o primeiro ano que não haverá Carnaval competitivo na Capital desde que a disputa foi instituída. A decisão foi tomada pelas escolas de samba de Porto Alegre por não terem conseguido recursos para preparar as alegorias.
No ano passado, o evento cultural e festivo já havia sofrido com a falta de recursos e acabou sendo realizada fora de época. Em 2018, o Porto Seco, local dos desfiles, foi cedido para administração das escolas e captação dos recursos necessários.