Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (27), o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos do RS, João Augusto de Moraes Gomes, comentou o motivo dos atrasos e ausências nas entregas de encomendas por parte dos Correios recentemente.
— O grande problema é o déficit de pessoal, a falta de trabalhadores — afirmou.
De acordo com o sindicalista, o último concurso realizado para a contratação de novos funcionários para os Correios foi em 2011. Atualmente, 800 carteiros trabalham em Porto Alegre, quando seriam necessários, no mínimo, mais 150 profissionais, argumenta. Além da não contratação de novos trabalhadores, empregados mais antigos foram demitidos nos últimos anos, relata Gomes:
— Você tem uma realidade no Rio Grande do Sul de pelo menos 600 trabalhadores nos últimos dois anos serem demitidos por esses programas de demissão sem serem substituídos nos seus locais de trabalho.
Problemas na administração são apontados por Gomes como os principais responsáveis pelas dificuldades enfrentadas. Vão desde falhas estruturais em algumas unidades — com lâmpadas queimadas e banheiros entupidos — até o acúmulo de correspondências.
— Você vai ter essa situação porque o carteiro não está passando em determinadas ruas. A empresa criou uma sistemática de que o carteiro não passa na mesma rua todos os dias. Essa sistemática, na nossa avaliação, como sindicato dos Correios do Rio Grande do Sul, é cobertor curto para tentar disfarçar a falta de trabalhadores — resumiu.
Na segunda-feira (26), GaúchaZH pediu entrevista com os Correios para comentar os problemas, mas ainda não obteve resposta.