O Hospital Beneficência Portuguesa está em tratativas com outra instituição para formalizar uma parceria que mantenha a casa de saúde de portas abertas. A informação é do presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, que lidera o grupo de trabalho em prol do hospital. Nesta segunda-feira (18), a equipe recebeu o secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, nas dependências do Beneficência.
O representante do governo federal prometeu uma consultoria técnica ao Beneficência Portuguesa, que deve ter início ainda em janeiro de 2018.
— Estamos oferecendo uma consultoria, feita por um dos nossos seis hospitais de excelência, para que a gente possa ter um real diagnóstico da situação do hospital. E que, junto com o secretário municipal, possamos definir o que é melhor para essa instituição — afirma. O trabalho deve durar 90 dias.
Enquanto isso, a nova direção da casa de saúde estuda uma parceria com outra instituição para que o Beneficência siga funcionando.
— Nossa intenção é permitir que outro hospital utilize os leitos do Beneficência Portuguesa, aumentando a sua contratualização com o Sistema Único de Saúde (SUS) e, em troca, pagando um aluguel simbólico pelo espaço — explica Argollo.
Com isso, o hospital se manteria aberto até o final da consultoria do governo federal e da auditoria contratada pelo Banrisul. — Estamos trabalhando em duas ações paralelas: a consultoria/auditoria e a parceria emergencial com outra casa de saúde — frisa.
Conforme o presidente do hospital, Augusto Veit, o Ministério da Saúde fará um diagnóstico da parte médica, e a empresa contratada pelo banco do Estado, uma auditoria financeira.
— Precisamos saber agora qual o tamanho desse buraco — afirma, ao dizer que ainda não há previsão para o pagamento dos salários atrasados. — Sabemos que alguns estão há meses sem receber — reconhece.