Depois de manter a greve da categoria mesmo com o recuo do governo no projeto que altera benefícios dos servidores, os municipários de Porto Alegre se reuniram com a Mesa Diretora da Câmara Municipal nesta quarta-feira (8). No encontro, o comando de greve solicitou a interlocução do Legislativo junto à prefeitura da Capital.
O Sindicato dos Municipários (Simpa) exige uma audiência com o prefeito Nelson Marchezan ainda nesta semana. Por outro lado, os parlamentares ligados ao governo municipal solicitam que a paralisação do funcionalismo chegue ao fim até sexta-feira (10). A categoria tem uma nova assembleia marcada para terça (14).
Durante a reunião, os grevistas pediram que a mesa de negociação possa contar com todos os integrantes do comando de greve, e não apenas com cinco representantes. Além disso, o Simpa também requer o ajuste dos dias parados e a garantia de que não haverá punições aos servidores que aderiram à paralisação.
Conforme o presidente em exercício da Câmara, Valter Nagelstein (PMDB), a solicitação do encontro com Marchezan será levada pela liderança do governo na Casa até o Paço Municipal.
— Consideramos que a prefeitura já deu motivos para que a greve termine. Na visão de parte dos vereadores, a reunião com Marchezan não é necessária para o fim da paralisação — argumenta, ressaltando a retirada do projeto que altera o Estatuto dos Funcionários Públicos.
Os municipários de Porto Alegre entraram em greve, por tempo indeterminado, no dia 5 de outubro. Além de pedirem a retirada do texto que modifica o Estatuto, os grevistas reivindicam o fim do parcelamento de salários e o recuo do governo nos projetos que alteram a Lei Orgânica.
