Centenas de servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) estão reunidos na Casa do Gaúcho para assembleia. Eles vão discutir sobre como recebem a decisão do executivo de retirar o projeto de Lei Complementar que altera o Estatuto dos Funcionários Públicos e planos de carreira e decidir sobre a continuidade da greve. Alberto Terres, diretor do sindicato, afirma que a categoria, que está em greve há 34 dias, ainda não foi notificava sobre a decisão, mas admite que há uma tendência sobre o fim da greve.
— Como os outros projetos são mais difíceis de serem aprovados, existe, sim, uma tendência de que a greve termine. Mas ainda não fomos notificados oficialmente. Hoje, se alguém fizer essa proposta durante a assembleia, poderemos votar o fim da greve. Ou poderemos marcar mais uma assembleia para esta semana. Mesmo assim, a decisão do governo de retirar o projeto mostra a força da nossa mobilização.
O Simpa também deve pedir uma reunião com o prefeito para negociar a compensação dos dias parados e pedir que não haja qualquer punição aos servidores.
A proposta que a prefeitura anunciou que vai retirar previa o fim de gratificações adicionais por tempo de serviço (15% quando completa 15 anos e de mais 10% ao fazer 25 anos de trabalho), a transformação dos triênios (aumento de 5% a cada três anos) em quinquênios (aumento de 3% a cada 5 anos) e mudanças no regime especial de trabalho — permitiria à prefeitura cessar regimes como o de dedicação exclusiva e o de tempo integral. Esse foi um dos três projetos enviados à Câmara Municipal em julho criticados pelos municipários.