A Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) registrou 697 irregularidades em imóveis de Porto Alegre em 2017. O levantamento inclui autos de infração em obras e problemas estruturais em prédios, muros, pavilhões, entre outros. Em anos anteriores, os números eram ainda maiores.
A queda não decorre de imóveis mais bem cuidados ou obras atendendo cada vez mais as exigências legais. A falta de estrutura e pessoal são os principais motivos apontados, conforma apurado pela reportagem. Além de o grupo ser enxuto, há apenas um carro para fiscalização.
A equipe de fiscalização da Smurb trabalha com base em denúncias e acidentes, como o ocorrido no sábado (28), no Centro Histórico, quando parte da platibanda (mureta para proteger e esconder o telhado) desabou, atingindo quatro veículos. Não existe uma rotina de vistorias.
_ Paredes rachadas e muros caindo estão entre as principais irregularidades durante vistorias em prédios já construídos. Mas o principal problema ocorre nas marquises. Falta manutenção, há infiltrações e sobrecarga. A gente notifica o proprietário para isolar a área e exige medidas de precaução. Também precisam apresentar laudo técnico para que se decida o que será feito _ explica a coordenadora de manutenção predial da Smurb, Eliana Bridi.
GaúchaZH solicitou um posicionamento da Smurb sobre a falta de estrutura e de pessoal no setor de fiscalização dos imóveis. Até a publicação deste texto, não havia recebido retorno.