Modificação de trajetos, transposição de lados, alargamento de ciclovias, estreitamento de faixas para carros, criação de sinuosidade para carros, reforço na sinalização. Essas são algumas das soluções propostas pela ONG Mobicidade para resolver 11 problemas apontados nas ciclovias existentes na Capital.
As ideias, algumas, inclusive, com opções A - de baixo custo - e B - "ideais", foram apresentadas em reunião na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), na tarde desta quinta-feira. Elas surgiram no final do ano passado, após o atropelamento de três ciclistas na Avenida Edvaldo Pereira Paiva.
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Na avaliação do gerente de Projetos de Mobilidade da EPTC, o arquiteto Antônio Vigna, as propostas são "interessantes" e "aplicáveis". No entanto, ele não garantiu a implantação delas.
- A maioria delas não envolve só a ciclovia ou o trânsito em si. Envolvem pedestres, ruas, estacionamentos, calçadas, ou seja, a comunidade toda. Por isso, precisamos saber o que a comunidade acha disso - apontou Vigna.
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Sem detalhar o próximo passo a partir da apresentação das ideias, o gerente disse que as obras envolvendo ciclovias dependerão do Plano de Mobilidade, que deve ser apresentado nos próximos meses, e da cobrança dos próprios ciclistas.
- Estamos num período de transição, em que a cultura da bicicleta está sendo criada. Ainda tem muita gente que se incomoda com a criação de ciclovias, porque não vê que isso, daqui pra frente, vai ser solução - avalia ele.
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Para o coordenador de Comunicação da Mobicidade, Marcelo Kalil, o encontro foi positivo, mas deve haver dificuldade na execução das propostas:
- A Política Nacional de Mobilidade Urbana estabelece a prioridade dos não-motorizados sobre os motorizados, mas muitos setores da EPTC ainda têm uma visão carrocentrista, em que não se pode tirar um centímetro da pista dos carros, mesmo que isso fosse evitar atropelamentos e salvar vidas.
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Veja as propostas do Mobicidade para a Capital:
