Tem potencial para ser mais um ponto turístico de Porto Alegre, um local para se chegar mais perto do Guaíba, uma área privilegiada para assistir à alaranjada despedida do sol, sobre grama e sob sombra. O espetáculo de um fim de tarde (ou qualquer hora do dia) no Largo Dom Vicente Scherer, praça em frente à Fundação Iberê Camargo, no entanto, tem cenas de tapar os olhos - e, sobretudo, o nariz de quem frequenta o espaço.
Além de todo o material plástico que as águas devolvem para a cidade e que passam a se acumular nas margens, um passeio por ali também inclui um tortuoso caminho por entre cabeças de bode, galinhas agonizantes - quando já não se espalharam em restos, patas e penas - e lixo, muito lixo. É como se a praça, que também abriga o Recanto Nico Nicolaiewsky, homenagem ao artista morto em fevereiro deste ano, tivesse se tornado um centro de despacho, carniça e descarte iregular de resíduos. Um criadouro de moscas, consequência da falta de cuidado de população e de um impesse dentro da prefeitura.
Lixo, carniça e moscas
Sujeira se acumula em praça na orla do Guaíba, em Porto Alegre
Impasse entre órgãos da prefeitura dificulta limpeza de área verde em frente ao Iberê Camargo, onde se concentram plásticos e restos de animais
Bruna Scirea
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