A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta segunda-feira (25), para confirmar a decisão que levou à prisão de três suspeitos no inquérito sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. As ordens de prisão partiram do ministro Alexandre de Moraes, do STF. As informações são do portal g1.
Além de Moraes, os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino também votaram pela permanência das prisões e outras medidas cautelares definidas em operação realizada neste domingo (24). Ainda falta o voto de Luiz Fux. A análise foi aberta à meia-noite desta segunda-feira e seguirá até 23h59min.
Ainda segundo o g1, dos ministros que votaram, apenas Flávio Dino divulgou um voto propriamente dito, com argumentação. Segundo ele, a "leitura das peças processuais revela a possibilidade de configuração de um autêntico ecossistema criminoso em uma unidade federada".
O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, chegaram a Brasília na tarde deste domingo. Presos com "autores intelectuais" dos assassinatos, eles ficarão no presídio federal da capital.
O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no crime. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse "surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime".
As prisões integram a Operação Murder Inc, que também vasculhou 12 endereços do Rio de Janeiro. Moraes ordenou, ainda, medidas como o bloqueio de bens de investigados, além de afastamento de funções públicas e cautelares diversas da prisão — uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaporte e suspensão de porte de armas.