O governo federal formalizou nesta terça-feira (5), no Diário Oficial da União (DOU), a nomeação do ex-procurador de Justiça de São Paulo Mario Luiz Sarrubbo para exercer o cargo de secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A escolha de Sarrubbo para o posto já havia sido anunciada pelo ministro Ricardo Lewandowski.
O novo secretário indicou que vai apostar em inteligência e na integração entre o Ministério Público e as polícias para combater a criminalidade em âmbito nacional. Uma de suas principais metas é a asfixia de facções criminosas, em especial o PCC. Segundo Sarrubbo, é preciso "respeitar os direitos humanos, mas com a força necessária".
— Vamos trabalhar para melhorar a situação de segurança e produzir resultados mais expressivos. Essa é uma preocupação do ministro. É necessário que se faça isso com diálogo, com inteligência e seguindo parâmetros de um Estado Democrático de Direito. É um meio-termo que a gente tem que buscar: a força do Estado no combate ao crime com respeito absoluto aos direitos humanos, à integridade e dignidade da pessoa — afirmou.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública é responsável por formular políticas, diretrizes e ações para a segurança pública no país. Dentre suas competências, a repartição faz assessoramento técnico ao ministro da Justiça nos assuntos de segurança pública, com base na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social. Também é essa secretaria que cuida da gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Biografia
Paulistano, Mário Luiz Sarrubbo atuou no Ministério Público do Estado de São Paulo por mais de 30 anos. Trabalhou na Procuradoria de Justiça Criminal e foi alçado a Subprocurador-Geral de Políticas Criminais do órgão. Durante sua gestão, foram realizadas cerca de 500 operações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e apreendidas mais de cem toneladas de drogas.
No Gaeco, Sarrubbo implementou a política da Tríplice Vertente de combate às organizações criminosas, que tem como diretriz o enfrentamento aos três pilares básicos das organizações: o crime organizado, a lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos.
Em abril de 2020, o procurador foi escolhido pelo então governador João Doria (PSDB) para suceder Gianpaolo Poggio Smanio na chefia do MP paulista. Ele foi reconduzido ao cargo em 2022 pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Mário Luiz Sarrubbo é casado com a bióloga Simone Sarrubbo e tem dois filhos: Luís Felipe e Pedro Henrique. Estes herdaram do pai a paixão pelo futebol — o procurador é um fanático pelo Palmeiras. Sarrubbo ainda tem como hobby a corrida: tem uma coleção com 117 medalhas de participação em provas, 11 das quais maratonas e 34 meias maratonas.
Sarrubbo é professor de direito penal na FAAP, lecionou na Escola Superior do MPSP e na Escola Superior de Advocacia do Estado de São Paulo. Foi diretor da Associação Paulista do Ministério Público do Estado de São Paulo (APMP), de 1998 a 2002, dirigiu o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional da Escola Superior do MPSP (2011 a 2013), presidiu o Colégio de Diretores de Escolas de Ministérios Públicos Brasileiros e foi Conselheiro Superior do Ministério Público.