O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu, nesta sexta-feira (9), a prisão em flagrante de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em preventiva. Nesta modalidade de detenção, não há prazo determinado para a reclusão. As informações são do g1.
A decisão ocorreu após a audiência de custódia de Costa Neto, na Superintendência da Polícia Federal, ao longo desta sexta-feira, em Brasília. O presidente do PL foi preso na quinta-feira (8), durante ações da Polícia Federal no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Costa Neto era alvo apenas de mandado de busca e apreensão, mas os investigadores encontraram uma arma de fogo ilegal em sua residência, o que redundou em prisão em flagrante. Também foi encontrada uma pepita de ouro proveniente de garimpo e com valor aproximado de R$ 11 mil
Moraes deu 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Valdemar.
Além de Costa Neto, outras três pessoas foram presas no escopo da operação da PF e também passaram pela audiência de custódia. São eles:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL);
- Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército;
- Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.
O que diz a defesa
A defesa de Valdemar Costa Neto afirma que "não há fato relevante algum" e que a pedra apreendida "tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência". Além disso, sustenta que se trata de uma relíquia.
Sobre a arma de fogo, a defesa alega que ela é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há anos no apartamento de Costa Neto.