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Tempus Veritatis
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Saiba quem são os alvos da operação que investiga tentativa de golpe

Quatro pessoas foram presas e 33 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na ofensiva deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira

GZH

A Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns dos seus mais influentes auxiliares. Quatro pessoas foram presas – uma delas em flagrante – na ofensiva e 33 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, usou como provas trocas de mensagens, vídeos de reuniões e outros documentos. A ofensiva da PF aponta a existência de uma organização criminosa gestada no núcleo do governo Bolsonaro para tentar um golpe de Estado.

Entre os alvos, estão 16 militares, incluindo um almirante e quatro generais de quatro estrelas, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, integrantes do chamado “gabinete do ódio” e até um padre. Bolsonaro teve o passaporte apreendido.

Saiba quem são os alvos da PF

Mandados de prisão preventiva

  • Filipe Martins: ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, ficou conhecido por um gesto racista durante uma sessão no Senado em 2021. 
  • Marcelo Câmara: coronel e ex-assessor de Bolsonaro, já era investigado no caso das fraudes em cartões de vacina da família Bolsonaro e foi citado nas investigações sobre as joias sauditas. 
  • Rafael Martins: major das Forças Especiais do Exército. 
  • Bernardo Romão Corrêa Neto: coronel do Exército. Não chegou a ser preso pois está nos Estados Unidos. 

Alvos de mandados de busca e apreensão

  • Jair Bolsonaro: ex-presidente.
  • Valdemar Costa Neto: presidente nacional do PL. Foi preso por porte ilegal de arma.
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça.
  • Ailton Barros: capitão reformado do Exército identificado em diálogos com Mauro Cid.
  • Braga Netto: ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022.
  • Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
  • Paulo Sérgio Nogueira: ex-comandante do Exército.
  • Almir Garnier Santos: ex-comandante-geral da Marinha.
  • Tércio Arnaud Thomaz: ex-assessor de Bolsonaro e ligado ao "gabinete do ódio".
  • Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira: ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
  • Amauri Feres Saad: advogado suspeito de ser "mentor" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres.
  • Angelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército que atuou no Ministério da Saúde no governo Bolsonaro.
  • Cleverson Ney Magalhães: coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
  • Eder Lindsay Magalhães Balbino: empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas.
  • Guilherme Marques Almeida: coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
  • Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com Mauro Cid.
  • José Eduardo de Oliveira e Silva: padre da diocese de Osasco, suspeito de assessorar a trama golpista.
  • Laércio Virgílio: general de brigada reformado.
  • Mario Fernandes: militar que ocupou cargos na Secretaria-Geral no governo Bolsonaro.
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior: oficial do Exército;
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros: major do Exército.
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