A Polícia Federal deve convocar, ainda nesta segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a prestar depoimento no contexto da investigação sobre suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi, do g1.
O vereador deve ser chamado a depor ainda nesta segunda, mas como é investigado por envolvimento em organização criminosa, tem o direito de depor em até três dias.
A Polícia Federal cumpriu mandados nesta segunda-feira em oito endereços, incluindo a residência de Carlos, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro (onde ele ocupa uma cadeira) e a casa em Angra dos Reis, no litoral fluminense.
A investigação tenta identificar possíveis destinatários de informações colhidas supostamente de forma ilegal pela agência. O filho do ex-presidente estava andando de lancha no momento em que a PF chegou à casa em Angra dos Reis (RJ). Ele só foi ao local por volta das 11h. Carlos não se pronunciou sobre a operação até a última atualização desta reportagem.
Espionagem ilegal
A ação realizada nesta segunda-feira representa uma continuação da operação ocorrida na quinta-feira (25), na qual Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foi alvo de buscas. Naquela ocasião, foram apreendidos seis celulares e dois notebooks, incluindo um que pertencia à agência.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Conforme a decisão, Ramagem teria utilizado a estrutura da Abin para realizar atividades de espionagem ilegal em benefício da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os alvos estariam figuras públicas e opositores, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Nesta segunda-feira, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que solicitará ao STF a lista de parlamentares que foram monitorados pela Abin.