O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, nesta sexta-feira (23), que quer "chamar a atenção para a desigualdade". Em suas redes sociais (veja mais abaixo), ele reforçou que, se o combate à desigualdade não for o foco, "o povo continuará morrendo de fome". As declarações se dão diante da participação de Lula na Cúpula sobre Pacto Financeiro Global de Paris, na França.
O evento é uma iniciativa do governo de Emmanuel Macron e começou na quinta-feira (22), reunindo chefes de Estado e de governo. Conforme informações do portal g1, ao lado do presidente francês, na cúpula, o líder brasileiro classificou como uma "ameaça" o dispositivo do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) que prevê sanções em caso de descumprimentos de obrigações par parte dos países participantes.
O acordo entre os dois blocos econômicos é negociado desde 1999. Negociações comerciais foram finalizadas em 2019 e, em 2021, foram as relacionadas a aspectos políticos e de cooperação.
Desde então, o acordo está sendo revisado. A UE enviou ao Mercosul um documento com "instrumentos adicionais" para serem adicionados ao acordo — são esses instrumentos que Lula avaliou como "ameaça".
Durante sua passagem pela França, o presidente brasileiro também afirmou que as grandes potências europeias têm uma "dívida histórica" por conta da poluição do planeta. Na opinião de Lula, essas nações deveriam financiar ações de preservação ambiental em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Participação em evento
Na quinta-feira (22), Lula também subiu ao palco do evento "Power Our Planet" (Empodere o nosso planeta). Com terno escuro e camisa azul, o presidente brasileiro reafirmou sua meta de "desmatamento zero" na Amazônia, entre a ovação do público.