O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o reajuste salarial para servidores em 2022 não está definido. Em entrevista a jornalistas no Palácio do Alvorada, o chefe do Executivo disse que há preferência por deixar o ano sem reajustes em vez de conceder apenas para uma categoria.
O Congresso aprovou uma verba de R$ 2 bilhões no orçamento para a reestruturação de carreiras federais após Bolsonaro pressionar pela concessão de reajuste a policiais federais. A decisão provocou um efeito cascata no funcionalismo após o reajuste seletivo.
Tecnicamente, a verba aprovada não é carimbada para policiais, mas foi negociada para os profissionais da segurança.
— O que eu ouvi, preferem não ter para ninguém do que ter para alguns poucos. Vamos ver como fica, nada está definido nessa questão — disse Bolsonaro após assinar a adesão de Goiás ao regime de recuperação fiscal dos Estados no Palácio da Alvorada.
Ao falar sobre o plano de recuperação fiscal, o chefe do Executivo afirmou que todos os Estados poderão negociar suas dívidas, independentemente do partido dos governadores.
Auditores da Receita Federal decidiram paralisar nesta quinta-feira (23) parte das suas atividades em todo o país e adotar a chamada "operação padrão" nos aeroportos e demais alfândegas do país, como forma de pressionar o governo a regulamentar o pagamento de um "bônus de eficiência" à categoria.
Os auditores se queixam contra a prioridade dada pelo governo federal ao reajuste aos policiais. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), até quinta-feira, 635 servidores entregaram os cargos de chefia, após a aprovação do orçamento pelo Congresso.