O historiador René Gertz, 72 anos, é um dos principais pesquisadores das manifestações nazistas no Rio Grande do Sul. Autor, entre outros livros, de O Fascismo no Sul do Brasil (1987) e O Neonazismo no RS (2012), ele nasceu em Linha Machado, atual município de Novo Machado, na região de Santa Rosa, noroeste do Estado. Descendente de urcranianos de passaporte russo, falava alemão dentro de casa na infância. Na juventude, foi estudar no seminário para ser pastor luterano, em São Leopoldo, mas abreviou a carreira religiosa para tornar-se acadêmico, tendo lecionado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). Hoje aposentado, Gertz tem travado embates com grupos antirracistas que tecem críticas aos episódios protagonizados por neonazistas no Estado. Para o pesquisador, descendentes de alemães que nada têm a ver com as manifestações estão sofrendo preconceito e, no futuro, poderão tornar-se alvo de agressões.
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René Gertz, historiador que estuda o nazismo: "A harmonia requer que todos os extremismos sejam combatidos"
Professor aposentado da UFRGS e da PUCRS diz que há generalizações indevidas nas repercussões de atos neonazistas recentes: "Há um descontrole do antinazismo"