Ignácio de Loyola Brandão leva na brincadeira quando o chamam de “Rei da Distopia”. Mas essa coroa lhe cai bem. Publicado há 40 anos, o profético Não Verás País Nenhum, um de seus principais livros, soa tão atual que ganhou uma edição comemorativa, recém-lançada pela editora Global. E ele segue fiel a essa forma particular de expressão artística. Aos 85 anos, homenageado pelo Prêmio Jabuti como a personalidade literária do ano (a láurea será entregue na cerimônia de 25/11), acaba de escrever um novo romance distópico que vislumbra um Brasil arrasado, no qual o futuro confunde-se com um passado remoto, incivilizado. Em conversa realizada por telefone, uma semana antes de viajar de São Paulo a Porto Alegre para participar do projeto Diálogos Contemporâneos, ele dá detalhes desse trabalho ainda inédito, chama a atenção para os absurdos do cotidiano brasileiro e exalta as novas gerações de ficcionistas do país.
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Ignácio de Loyola Brandão: "O absurdo nos cerca, por mais que sigamos o nosso dia a dia normalmente"
Eleito a personalidade literária do ano no Prêmio Jabuti, o autor exalta a ficção fantástica e as novas gerações de escritores brasileiros. Ele é atração do evento Diálogos Contemporâneos, em Porto Alegre
Daniel Feix
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