- O empresário Otávio Oscar Fakhoury fala nesta quinta-feira à CPI da Covid
- Ele é acusado de injetar dinheiro em canais que propagam desinformação sobre a pandemia, recomendando o "tratamento precoce" e a realização de aglomerações
- Entre os veículos que o empresário teria financiado estão os canais Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo
- Fakhoury já teve os sigilos bancário, telefônico, telemático e fiscal quebrados
- O empresário também é investigado no "inquérito das Fake News", conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF)
- A CPI iniciou intervalo para almoço às 13h40min. O retorno ocorreu às 14h45min
O que foi dito até o momento
- No início da sessão, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) ocupou a cadeira da presidência para expor comentários homofóbicos feitos por Fakhoury. Com a voz embargada, Contarato mostrou uma postagem feita pelo empresário, que se aproveitou de um erro de ortografia cometido pelo senador para ataca-lo, após ter sido convocado para depor na CPI.
- Logo após ter sido convocado para depor na CPI da Covid, na semana passada, Fakhoury compartilhou a postagem do senador, escrevendo: "O delegado, homossexual assumido, talvez estivesse pensando no perfume de alguma pessoa ali daquele plenário... Quem seria o 'perfumado' que lhe cativou?".
- Contarato solicitou que a Polícia Legislativa apure o crime de homofobia, o que foi determinado pela presidência da comissão para que tenha continuidade. A CPI da Covid também vai encaminhar denúncia ao Ministério Público Federal sobre o caso. Após a exposição do ataque homofóbico, o empresário pediu desculpas ao senador e caracterizou o comentário como “infeliz”.
- Fakhoury usou sua fala inicial para se defender das acusações, dizendo que não é propagador de fake news e é alvo de “campanhas difamatórias”
- Também declarou ser um “cidadão com opinião” e defensor da liberdade de expressão “para defender que os conservadores e os cristãos merecem um espaço no debate público”, disse.
- Ao ser questionado sobre sua relação com o presidente Jair Bolsonaro, o empresário disse ser um “apoiador”. Sobre o custeio de materiais de divulgação para a campanha de Bolsonaro, admitiu ter dado "ajuda para grupos que nada têm a ver com a campanha, que estavam imprimindo o próprio material" para propaganda eleitoral de Bolsonaro.