Um grupo reunindo centenas de empresários, economistas, intelectuais, diplomatas, lideranças políticas e religiosas e representantes da sociedade civil divulgou um manifesto em defesa das eleições e da Justiça Eleitoral brasileira. O texto (leia a íntegra abaixo) foi divulgado na quarta-feira (4), mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news devido aos ataques que tem feito ao sistema eleitoral.
"O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos", diz parte do manifesto. "A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias", conclui o texto, sem citar nomes.
Entre os signatários estão empresários como Frederico e Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, Carlos Jereissati, do Iguatemi, Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, e Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde.
A lista inclui ainda o ex-ministro do STF Nelson Jobim, os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pedro Malan, o ex-chanceler Celso Lafer, entre outros.
Leia a íntegra do manifesto:
"O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados
O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.
Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.
Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo.
Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias."