Um dia após anunciar um plano de obras que prevê R$ 5,2 bilhões em investimentos públicos e privados nos próximos cinco anos, o governador Eduardo Leite falou nesta quinta-feira (10), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, sobre os próximos passos do programa. Com recursos próprios, a promessa é aplicar R$ 1,3 bilhão em rodovias até 2022.
O governo também prevê a concessão de 1.131 quilômetros de vias por 30 anos, com a perspectiva de duplicar ou triplicar 73% da malha, além de construir 808,6 quilômetros de acostamentos e de executar 831 obras de adequações em acessos. Serão três blocos de concessões, sendo que o primeiro deles prevê aportes de R$ 3,9 bilhões em cinco anos.
— O custo econômico pro Estado, pagar o preço de não ter as estradas em condições, de não ter estradas duplicadas, é um preço muito mais alto do que o pedágio — disse.
Segundo Leite, na próxima semana serão apresentados os detalhes do plano de concessão e onde ficarão as praças de pedágio.
— Sei que virá a crítica. "Pode vir o pedágio, mas não aqui na frente". Só que não adianta colocar a praça de pedágio onde não passa ninguém — acrescentou.
Leite afirmou que o sistema de concessão será feito de forma híbrida: com disputa pelo menor valor de pedágio e também por valor da outorga — de acordo com o governador, o "mesmo modelo seguido pelo governo federal". A ideia é "equalizar" as regiões do Estado.
— Temos que alocar essas praças de forma a conseguir gerar a receita que sustente os investimentos. A gente programa os investimentos, também, ao longo do tempo, de forma a não gerar um custo insuportável para o motorista naquela estrada — disse.
Conforme o governador, o Estado está na 19ª posição no ranking referente à qualidade das rodovias estaduais. Assim, o plano apresentado, segundo ele, "irá tirar as estradas do Rio Grande do Sul do atraso".
À Rádio Gaúcha, Leite ressaltou ainda a a venda de estatais e as reformas aprovadas pela Assembleia, que diminuíram em aproximadamente R$ 700 milhões os gastos com pessoal. O governador disse que a previsão é de, em três anos, chegar a uma economia de R$3 bilhões.
— Estamos muito confiantes com o futuro do Estado. Boas novas noticiais virão ao longo do dia — concluiu o governador, mencionando a publicação do resultado do PIB do Rio Grande do Sul, que será divulgado ainda nesta quinta-feira.