O PDT apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF) ação pedindo anulação do primeiro ato de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados. O parlamentar anulou o registro do bloco de seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP), o que pode reduzir a participação dos partidos que integram o grupo na Mesa Diretora da Casa.
O partido disse que "de forma autoritária" Lira tenta "garantir que 5 das 6 principais vagas da Mesa Diretora sejam ocupados por parlamentares do seu grupo político"
O Partido dos Trabalhadores (PT) também rechaçou a decisão do novo presidente da Câmara. Em nota, a sigla afirma que há uma tentativa de barrar a representação da oposição na direção do Legislativo. A sigla voltou a alegar que houve instabilidade no sistema interno da Câmara, o que teria causado atraso no registro do bloco.
Embora o ex-presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ) tenha aceitado a justificativa, Lira anulou a decisão minutos após ser eleito.
O PT classificou o ato como autoritário, ilegal e antirregimental.
"A maior bancada da Câmara não aceitará que a democracia seja calada dentro da casa do povo", informou o partido.