O delegado da Polícia Federal Mauro Lima Silveira pediu nesta sexta-feira (26) à Justiça Federal prorrogação do inquérito da Operação Camilo, que apura desvio de recursos públicos na saúde de Rio Pardo. O prazo de 30 dias para conclusão da investigação terminaria neste sábado (27), mas, devido à complexidade do caso, foi feito o pedido por mais 30 dias. Mais de 50 pessoas já foram ouvidas, entre investigados e testemunhas.
Deflagrada em 27 de maio, a Operação Camilo investiga desvio de pelo menos R$ 15 milhões dos cofres da prefeitura de Rio Pardo em contratos com terceirizadas na área da saúde. Quinze pessoas foram presas na oportunidade e uma, em 9 de junho.
Entre os presos está Rafael Barros, que renunciou ao cargo de prefeito do município em 23 de junho. Em razão da renúncia, o inquérito, que tramitava no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), passará a ser conduzido por um juiz de primeira instância da Justiça Federal do Rio Grande do Sul.
Prefeitos têm prerrogativa de foro perante a segunda instância. Por isso, a investigação tramitou até este momento no TRF4, sob a relatoria do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores.