
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O projeto de construir uma candidatura competitiva à presidência da República não foi o único componente que pesou na decisão de Eduardo Leite de trocar o PSDB pelo PSD. No ato de filiação, nesta sexta-feira (9), em São Paulo, o governador disse que encara a mudança como um projeto de longo prazo.
No Rio Grande do Sul, o plano é tornar o partido uma das forças políticas mais representativas do Estado. Para isso, Leite está trabalhando para atrair deputados, prefeitos e vereadores do PSDB e de outros partidos, a fim de dar capilaridade a uma agremiação que hoje tem 12 prefeitos e pouco mais de cem vereadores.
Em entrevista concedida após a solenidade, Leite confirmou que se tornará o presidente do PSD no RS e disse que já conversou com políticos de diferentes partidos para integrar a legenda.
— Vamos formar uma força política muito relevante, que elegerá uma forte bancada na Assembleia Legislativa, uma forte representação na Câmara dos Deputados e vai se preparar para estar entre os partidos com o maior número de prefeitos no Estado — afirmou, ponderando que não quer "desestabilizar" outras siglas que hoje integram a base de seu governo.
Questionado sobre a filiação a um partido que está na base do governo Lula, Leite ressaltou que o PSD não adere a todas as ideias da gestão e não tem perspectiva de apoiar a reeleição do petista em 2026.
— Não há sinalização de que se encaminhe para 2026 essa aliança. O PSD tem disposição para liderar um projeto próprio — ressaltou.
No PSD, Leite chega como pré-candidato a presidente da República, assim como o governador do Paraná, Ratinho Júnior.