O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestou por meio das redes sociais neste sábado (20) para se defender das suspeitas de que chefiaria um esquema criminoso destinado a recolher parte do salário de servidores e contratar funcionários fantasmas na época em que foi deputado estadual no Rio de Janeiro.
Em uma publicação no Twitter, a conta oficial do senador afirma que ele é "vítima de um grupo político" integrado por pessoas que estariam promovendo uma campanha de difamação com o objetivo de "recuperar o poder que perderam na última eleição". Referindo-se ao filho do presidente Jair Bolsonaro na terceira pessoa, o texto sustenta que, "apesar dos incessantes ataques à sua imagem, Flávio Bolsonaro continua a acreditar na Justiça".
A publicação, divulgada às 16h21min, não especifica a que grupo político se refere ou apresenta nomes de seus supostos integrantes.
A mensagem diz ainda que o patrimônio do senador é compatível com seus rendimentos e conclui com a afirmação de que "tudo ficará inequivocamente comprovado dentro dos autos" e a frase "A verdade prevalecerá!".
Nos últimos dias, diferentes desdobramentos da investigação sobre a prática de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia fluminense aumentaram a pressão sobre o ex-deputado e o clã presidencial.
Ex-assessor parlamentar de Flávio e suspeito de agir como operador do esquema, o PM aposentado Fabrício Queiroz foi preso na quinta-feira. Em seguida, vieram à tona informações de que Queiroz teria custeado despesas pessoais do senador e recebido dinheiro da milícia no Rio de Janeiro.
Além disso, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro decidiu pedir a intimação de Flávio Bolsonaro para prestar depoimento no procedimento investigatório criminal que apura suposto vazamento na Polícia Federal de relatório do Coaf que cita seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
A investigação foi aberta após entrevista do empresário Paulo Marinho ao jornal Folha de S.Paulo na qual relatou ter ouvido do senador que ele fora avisado em outubro de 2018 sobre as investigações da Operação Furna da Onça, deflagrada no mês seguinte, e a menção a Queiroz nos documentos.