A Polícia Civil identificou na manhã desta segunda-feira (20) o segundo homem envolvido em agressões durante tumulto na manifestação ocorrida na tarde de domingo (19) no Centro Histórico, em Porto Alegre. O manifestante tentou cercear a atividade da imprensa, que gravava imagens do fato. Ele e outro homem, que agrediu mulher a socos e pontapés, estão sendo procurados para intimação.
Os fatos ocorreram durante manifestação pedindo intervenção militar e fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Cléber Lima, responsável pelo caso, destaca que o inquérito apura lesão corporal leve. Segundo ele, além do depoimento dos dois investigados, também é importante o depoimento da vítima. O primeiro registro sobre o fato foi o de uma testemunha da confusão, que depôs nesta segunda-feira. Equipes da 17ª Delegacia estão nas ruas atrás dos dois investigados.
— O depoimento dela e o reconhecimento dos agressores são importantes para o inquérito que apura lesão corporal leve. Pelo menos 10 pessoas devem ser acionadas, inclusive a imprensa — diz Lima.
Os nomes dos dois manifestantes não foram divulgado. Sobre o fato de um deles ter sido afastado das funções do Hospital de Clínicas de Porto Alegre há cerca de 10 anos, conforme nota publicada pela própria instituição, Lima diz que isso não muda o rumo da investigação. Imagens de GaúchaZH e de câmeras de segurança seguem sendo analisadas.
Os agentes também tentam identificar uma mulher que circulou nua pelo local e fez fotos com a bandeira do Brasil em frente à igreja Nossa Senhora das Dores. Isso ocorreu antes do tumulto e das agressões. Ela pode responder por atentado ao pudor dentro do mesmo inquérito sobre as agressões.