A Polícia Civil já tem suspeitos das agressões registradas em vídeo que aconteceram na tarde deste domingo (19), em manifestação política na frente do Batalhão do Comando Militar da Região Sul, região central de Porto Alegre. O delegado responsável pela investigação, Cléber Lima, da 17ª delegacia da Capital, alerta que ainda faltam evidências antes de intimar alguém judicialmente.
— Não podemos revelar nomes porque tem que ter uma prova mais consistente. A gente tem responsabilidade. Não pode sair dizendo e colocando por aí que este ou aquele é o autor. Primeiro temos que formar uma prova mais robusta - ponderou.
O delegado concedeu entrevista ao programa Estúdio Gaúcha deste domingo. Perguntado se as imagens da agressão que circulam em redes sociais — nas quais se pode ver os rostos dos agressores e dos agredidos — poderiam auxiliar nesta busca por provas, Lima novamente foi cauteloso. Disse que as redes ajudam, porém ainda precisa se cercar de mais imagens, como as das câmeras de segurança no local da ocorrência.
— A gente não pode, sob pena de aterrar ou derrubar todo o trabalho investigativo, dizer tudo que vai fazer no ar — disse o delegado.
Até agora apenas uma das duas vítimas registraram ocorrência, segundo Lima. O delegado reforçou o pedido para que demais envolvidos façam o mesmo, pois os relatos ajudam a investigação.
Para o delegado, o crime é uma lesão corporal dolosa, infração penal considerada menor potencial ofensivo:
— A vítima tem que querer representar contra o autor, logo que ele seja identificado, e ele vai ser chamado para prestar esclarecimento sobre o fato. A vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito para saber a gravidade das lesões. Mas, pelo que se sabe, as lesões não causaram nenhum dano permanente.
Nota do Hospital de Clínicas
No final da noite deste domingo, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre afirmou que o homem que provocou as agressões "está afastado do hospital há mais de uma década", em um post no Facebook. Em nenhum momento o hospital identificou quem seria essa pessoa.