O juiz Luiz Antonio Bonat determinou nesta quinta-feira (5) a soltura do ex-diretor jurídico da Braskem, empresa do grupo Odebrecht, Mauricio Ferro, cunhado de Marcelo Odebrecht. O magistrado atendeu decisão de quarta-feira (4) do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro retirou da 13ª Vara Federal de Curitiba a competência para julgar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e transferiu o caso para Brasília. Ele entendeu que a investigação não está diretamente relacionada aos desvios na Petrobras.
Assim, o advogado Nilton Serson, alvo da mesma etapa da investigação, também será solto. Ambos estavam presos em Curitiba desde o dia 21 de agosto. Outras medidas impostas contra eles, como restrição de bens e valores e retenção de passaportes, também foram revogadas.
Na decisão, Bonat destacou que a reclamação julgada por Mendes é procedente somente em relação ao caso envolvendo o ex-ministro Guido Mantega, mas apontou que a decisão "declarou a nulidade dos atos decisórios" com a suspensão das medidas impostas em Curitiba, caso da prisão de Ferro e dos demais atingidos na mesma fase da Lava-Jato.