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Em novo suposto diálogo vazado, o coordenador da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, avaliou que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República e senador, participou de esquema de recolhimento de parte de salários de assessores quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Na conversa do grupo, em um aplicativo de mensagens, Deltan e colegas, também procuradores do Ministério Público Federal (MPF), mostraram-se preocupados em relação à conduta que o ex-juiz Sergio Moro teria diante do caso.
As mensagens seriam de dezembro, quando Moro já havia sido escolhido por Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os diálogos atribuídos à força-tarefa foram divulgados neste fim de semana pelo site The Intercept Brasil e fazem parte de um conjunto de arquivos que o veículo obteve de uma fonte anônima e que vem divulgando desde junho. Os arquivos — que abrangem conversas no aplicativo Telegram, além de vídeos e áudios — provocaram controvérsia em torno da condução da Lava-Jato. Críticos apontam uma relação imprópria entre os procuradores, que atuam na acusação, e Moro, que julgava os casos. Os envolvidos não reconhecem a autenticidade do conteúdo, mas também não negam que possa ser verdadeiro.
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