O presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de equiparar a homofobia a casos de racismo. Ao comentar a decisão desta quinta-feira (13), afirmou que, se houvesse um ministro evangélico na Corte, o desfecho do processo seria diferente. A manifestação ocorreu durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
— Com todo o respeito, mas é um decisão completamente equivocada (...) Se tem um evangélico lá, pedia vista (mais tempo para análise) e senta em cima (do processo) — disse, acreditando que o Legislativo deverá se posicionar em breve sobre o tema, como resposta à Suprema Corte.
Para ele, uma eventual indicação de um ministro religioso não significaria misturar Justiça e religião e traria equilíbrio à instituição. Destacou ainda que "não custa nada ter alguém lá dentro que vá falar", referindo-se à representação evangélica.
Bolsonaro afirmou que a criminalização da homofobia prejudica o "próprio homossexual", que poderia ter dificuldade de conseguir trabalho, já que o empregador poderia ter medo de ser processado por eventuais ofensas.
Quanto à indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para uma vaga no Supremo, Bolsonaro salientou que a "possibilidade é muito grande" e que já havia adiantado durante a campanha eleitoral que gostaria de alguém com o perfil do ex-juiz para ocupar uma das cadeiras do STF.