Segunda maior bancada da Câmara na próxima legislatura, com 52 deputados, o PSL passa pelo desafio de estruturar o partido para a nova estatura. De acordo com o presidente da legenda, Luciano Bivar, a ideia é tornar a bancada a mais coesa possível. A sigla irá oferecer um "curso" para os deputados novatos.
A bancada do partido terá unidade em pautas que tratam de costumes e em outras, como a da Escola sem Partido?
Escola sem Partido é uma prioridade. Escola tem de ensinar geografia e matemática, não para fazer política. Temos que explicar isso a todos os nossos deputados.
O projeto de criminalização do comunismo, de Eduardo Bolsonaro, é uma pauta da bancada?
O comunismo, se tem um partido político, tem de ser respeitado como partido. Eu defendo essa tese. O partido não alcançou a cláusula de barreira. Não é preciso que a gente criminalize o comunismo. Não tem motivo para criminalizar esse e aquele partido.
O PSL vai lançar candidato à Presidência da Câmara, da Comissão de Constituição e Justiça e outras?
Vou ter uma conversa com o presidente (eleito, Jair Bolsonaro) na terça-feira (20) sobre esse assunto. E, na quarta-feira (21), com a bancada. Vamos ver o que queremos como partido. Se for preciso reivindicar algumas coordenadorias, comissões, mesa ou presidência, a gente vai fazer.
Quais o nomes para liderar o PSL na Câmara?
Tem vários nomes. O Eduardo pode ser. Tem também a Joice (Hasselmann).
Como vai ser a relação do partido com o presidente?
O próprio Bolsonaro não quer se meter nisso, mas a nossa grande alavancagem se deve a ele. Isso é irrefutável. Enquanto eu for presidente do partido, vou ser como o primeiro-ministro da Inglaterra dele. Tenho de consultar a rainha para saber os caminhos que vou trilhar. Quem pensa que a rainha da Inglaterra não faz nada, está enganado. Vou consultar sempre o Bolsonaro, que é um filiado meu. Vou abstrair o cargo dele na Presidência e consultá-lo como membro do PSL.