Mulher candidata a deputada federal mais votada no Brasil em outubro, a jornalista Joice Hasselmann conversou com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (16).
Na entrevista, Joice, que é aliada de Jair Bolsonaro, fez duras críticas aos profissionais cubanos que trabalham no programa Mais Médicos, no Brasil. Na última quarta-feira, o governo de Cuba informou o fim do acordo e a retirada dos profissionais, que atendem em municípios brasileiros. Joice afirmou que a população é "mal assistida" por alguns desses profissionais e que muitos deles sequer são formados em Medicina:
— É gente que estudou um ano de Medicina, gente que é enfermeira, gente que passou longe da área de saúde e está aqui receitando um antibiótico pra quem tem uma alergia — criticou.
Para Joice, o Brasil precisa dar condições aos médicos brasileiros trabalharem em municípios do Interior, pagando salários dignos.
— Tem um jeito bem simples de resolver isso. É só pagar. Ofereça os R$ 10 mil ou R$ 12 mil que se paga aos cubanos e faça o Mais Médicos brasileiros — opinou.
Joice disse que conversou sobre o tema com o presidente eleito Jair Bolsonaro e expôs números a ele: 28 mil médicos formados por ano e 168 mil estudantes de medicina por ano, segundo ela. A deputada eleita disse que Bolsonaro se mostrou "chocado" com as informações. Joice afirmou ainda que Cuba está escravizando os profissionais, crítica que também foi feita pelo presidente eleito nesta sexta-feira (16).
Hassellmann ainda afirmou que os valores pagos pelo governo brasileiro servem, na interpretação dela, para financiar o ditadura naquele país:
— O dinheiro não fica no bolso do (médico) cubano. Vai pra Cuba financiar ditadura — afirmou.