Escolhido como ministro da Saúde no futuro governo de Jair Bolsonaro, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) defende um plano de carreira para médicos em municípios “de maior desigualdade e equidade”. Segundo ele, o “propósito de levar médicos para lugares de difícil previsão” é “um desafio mundial”.
— (O plano de carreira) Está no plano de governo de Jair Bolsonaro. Foi um dos poucos candidatos que deixou claro que o seu governo vai sim ter a descentralização plena (da saúde). Os municípios de pequena atratividade têm que ter a União ao seu lado — disse, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (22).
— Não é carreira para colocar médico em Porto Alegre, na Avenida Paulista ou no Eixo Monumental de Brasília, mas sim para você colocar em áreas de difícil provimento (...) Vamos ter dificuldades, porque as vezes a pessoa preenche a vaga, chega, não se adapta e sai. Precisamos arrumar uma boa proposta — afirmou.
Mandetta também falou sobre o que chamou de “distorções” do Mais Médicos. Para o parlamentar, o acordo firmado entre Brasil e Cuba – que anunciou no dia 14 de novembro a saída do programa – demonstraria que o convênio foi um “improviso”.
O nome de Mandetta para o Ministério da Saúde foi confirmado pelo presidente eleito na terça-feira (20). Segundo o futuro ministro, o foco inicial da sua gestão em frente à pasta será o monitoramento do novo edital do Mais Médicos, lançado nesta semana:
— Eu não acho que vamos precisar abrir (vagas para estrangeiros). Estamos abertos sim, mas a expectativa é que os médicos brasileiros preencham todas as vagas.