O presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, pediu mais tempo para analisar se a investigação sobre a participação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em pagamentos de propinas em contratos de Furnas deve ser retomada. Na sessão desta terça (25), o placar ficou empatado em 2 a 2. Votaram pelo retorno da investigação os ministros Edson Fachin e Celso de Mello. Em análise anterior, Gilmar Mendes e Dias Toffoli haviam votado pela manutenção do arquivamento.
Com o pedido de vista de Lewandowski, não há prazo para que o caso volte a ser discutido. Embora tenha assumido lugar na Turma, a ministra Cármen Lúcia não votará, já que ela substitui o atual presidente do STF, Dias Toffoli, que já proferiu seu voto.
Os ministros estão analisando um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR), que questiona o arquivamento do caso pelo ministro Gilmar Mendes. Em delação premiada, o senador cassado Delcídio Amaral acusou Aécio de receber propina referente a contratos da Usina de Furnas.
A PGR chegou a pedir que o processo fosse enviado à primeira instância, mas Gilmar determinou o encerramento, sob o argumento de que os investigadores queriam “arrastar o caso”, já que não havia manifestação conclusiva sobre os supostos crimes cometidos pelo tucano.