As prisões temporárias cumpridas pela Polícia Federal cresceram 31,75% nos primeiros quatro meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a alta ocorreu depois da proibição da condução coercitiva de investigados para interrogatório em todo o país. A decisão foi tomada em dezembro pelo ministro Gilmar Mendes.
Na ocasião, Gilmar atendeu aos pedidos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do PT, autores de duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental. Em sua decisão, o ministro afirmou que o uso de conduções para interrogatório “afronta a Constituição” ao impor restrições à liberdade de ir e vir e à presunção de inocência.
De janeiro a abril deste ano, foram cumpridas 195 prisões temporárias, ante 148 nos primeiros quatro meses de 2017. Ainda segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as superintendências da Polícia Federal em São Paulo, Tocantins e Paraná lideram as estatística de mandados.