O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento que vai analisar decisão liminar do ministro Dias Toffoli, que concedeu, no dia 28 de março, prisão domiciliar ao deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP). Na decisão, o ministro entendeu que exames protocolados pelos advogados do parlamentar mostram que Maluf passa por graves problemas de saúde e não pode continuar na prisão.
O habeas corpus poderá ser analisado na próxima semana. O caso estava previsto na pauta de julgamento da tarde desta quinta-feira (12), mas não foi analisado porque a questão do hábeas do ex-ministro Antonio Palocci tomou todo o tempo da sessão.
Maluf foi condenado pela 2ª Turma do STF, no ano passado, a sete anos e nove meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.
O deputado foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido propina em contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS quando era prefeito de São Paulo (1993-1996). De acordo com a denúncia, os recursos foram desviados da construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi cerca de R$ 800 milhões.
As investigações se arrastaram por mais de 10 anos desde a instauração do primeiro inquérito, ainda na 1ª instância da Justiça. Os procuradores responsáveis pelo caso estimaram em US$ 170 milhões a movimentação total de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado federal.