O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) pretende consolidar até o início de setembro quais locais de votação terão de ser realocados em razão do desastre climático que atingiu o Estado. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (8) pelo presidente da Corte, Voltaire de Lima Moraes, em entrevista coletiva.
De acordo com o magistrado, ainda não há número definitivo do eleitorado que terá de mudar o local de votação, mas já se sabe que a realocação das seções eleitorais terá proporção menor do que o projetado logo após a enchente. A principal razão, segundo ele, é a recuperação da estrutura de escolas municipais e estaduais, que servem como pontos de votação.
— Os últimos dados que recebemos são alentadores. Mesmo na região mais atingida, que é o Vale do Taquari, os dados são bem alvissareiros — disse Moraes.
O presidente do TRE frisou que em todas as seções realocadas haverá um banner informando a troca e o novo local de votação dos eleitores.
Na coletiva, Moraes também informou que o TRE lançará, no dia 18 de setembro, campanha contra a abstenção. Os juízes eleitorais também serão instruídos a comparecer aos veículos de comunicação de sua comarca para incentivar o comparecimento dos eleitores.
Contra a desinformação
Diante do risco de divulgação de informações falsas ou distorcidas durante a campanha, o presidente do TRE garantiu que a Justiça Eleitoral agirá com rapidez para retirar do ar conteúdos enganosos, a exemplo do que ocorreu em 2022.
— Estamos preparados para isso. As medidas poderão constituir um verdadeiro poder de polícia a ser exercido pelo juiz eleitoral, a depender da situação — ressaltou.
Para as eleições deste ano, o TSE criou um disque-denúncia para que suspeitas de desinformação sejam verificadas. Bastará telefonar para o número 1491. A ligação não terá custos e ficará disponível para todas as operadoras e tipos de aparelhos, durante as 24 horas do dia.