Para o candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma reforma tributária progressiva se mostra necessária no Brasil, no entanto, a medida esbarraria em um Congresso Nacional contrário ao projeto.
Em entrevista para a Rádio Mix de Manaus (AM), nesta quarta-feira (26), ex-presidente apontou a necessidade de conversar com as casas legisladoras e a sociedade brasileira para "fazer justiça" com os que recebem menos.
Segundo o candidato petista, a sua proposta de reforma tributária isentaria do Imposto de Renda os contribuintes que recebem até R$ 5 mil e taxaria os lucros e dividendos de acionistas.
— Precisamos tentar convencer a sociedade brasileira de que nós precisamos de uma política tributária progressiva. Que cobre mais de quem ganha mais, e que cobre menos de quem ganha menos — disse Lula, lembrando que essa medida precisaria de apoio para a tramitação no Congresso.
O ex-presidente relembra que em 2007, durante o seu segundo mandato, uma proposta de reforma tributária foi enviada aos parlamentares pelo governo federal, e que segundo ele, contava com apoio de diversos setores da sociedade, mas que esta não avançou.
— Nós vamos então, outra vez. Conversar com o Congresso Nacional. Conversar com a sociedade brasileira. Para mostrar a importância de você ter uma nova política tributária, mais progressiva. Uma política tributária que cobre mais de quem tem mais, e menos de quem tem menos — completou.
Nesta semana, o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), prometeu que Lula, se eleito, vai promover uma reforma tributária que incluirá a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em substituição a cinco tributos. "A reforma ajudará a economia a crescer. O Brasil será outro", escreveu o ex-tucano nas redes sociais.