Representantes de entidades fiscalizadoras, partidos e missões eleitorais internacionais visitaram a sala da seção de totalização das eleições no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, na manhã desta quarta-feira (28). Os candidatos à presidência da República foram convidados, mas não compareceram.
O convite foi feito pelo presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. O local é ocupado por cerca de 20 servidores da área de Tecnologia da Informação do tribunal, que acompanham qualquer problema em conjunto com os tribunais regionais eleitorais. Não existe sala secreta, o ambiente é um espaço com computadores, aberto às entidades e partidos inscritos para a fiscalização do pleito.
A equipe não faz a totalização dos votos, que é realizada por um computador, que fica no Centro de Processamento de Dados, sem interferência humana. Moraes reforçou que os votos não são contados no local e que o espaço é aberto ao monitoramento.
— Nesta sala não há contagem manual de votos. A partir do momento em que a urna é finalizada, já sai o boletim de urna, isso entra no sistema, que faz a totalização dos votos. A sala de totalização acompanha para evitar algum problema na rede, para evitar que haja sobrecarga. Os técnicos acompanham com total fiscalização — disse.
Os sistemas já foram lacrados e assinados digitalmente. O resultado de cada seção eleitoral é computado assim que a eleição termina, às 17h, com a impressão do boletim de urna (BU), que traz a quantidade de votos depositados em cada aparelho espalhado pelo país. Além de ficarem disponíveis para consulta pública nas seções, os BUs também são entregues aos fiscais de partido e serão publicados em tempo real nas eleições do próximo domingo (2).
A próxima atividade de fiscalização do processo eleitoral será a seleção pelos TREs, no sábado (1º), das urnas eletrônicas a serem utilizadas no teste de integridade dos equipamentos.
Entre os presentes no TSE, estavam representantes de partidos, como o advogado do PT e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O mandatário da sigla do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, ao ser questionado por um repórter na saída da seção de totalização, disse que "não existe sala secreta".
Um dos integrantes do governo federal que chegou a questionar a integridade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, também participou da atividade. Ele não fez comentários ao sair do TSE.