O número de eleitores que votaram nulo na eleição para governador do Rio Grande do Sul quase dobrou no segundo turno em relação à eleição de 2014. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 642.495 (9,48%) pessoas votaram nulo neste domingo (28) no Estado contra 340.743 (4,97%) em 2014. O montante poderia mudar o resultado do confronto. Eduardo Leite (PSDB) venceu a disputa pelo comando do Piratini com 53,62% dos votos válidos contra 46,38% do atual governador José Ivo Sartori (MDB).
No entendimento do cientista político Gustavo Grohmann, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o número de votos nulos apresenta um movimento já demonstrado na primeira etapa do pleito neste ano no Estado, quando 460.182 (6,73%) eleitores votaram nulo:
— Aqueles quase 7% (de votos nulos) do primeiro turno já estavam insatisfeitos com as alternativas existentes. Permaneceram insatisfeitos, acrescidos de eleitores dos demais candidatos, que não se sentiram contemplados pelos que entraram no segundo turno.
O total de abstenções praticamente repetiu os números de 2014. Neste ano, 1.576.087 (18,87%) eleitores gaúchos não foram às urnas nessa segunda etapa do pleito. Quatro anos atrás, quando José Ivo Sartori (MDB) venceu Tarso Genro (PT), 1.525.358 (18,19%) pessoas se abstiveram. O número de votos em branco apresentou aumento de 1,21% em relação à eleição anterior, pulando de 214.280 (3,12%) para 298.456 (4,41%).
Neste domingo, 6.774.869 (81,13%) foram às urnas escolher o novo governador do Estado a partir de 1º de janeiro de 2019.