O pleito de 2018 foi uma derrota para os grandes partidos que tradicionalmente levavam nomes ao Senado Federal. Somando eleitos e nomes já em mandato, PT, MDB e PSDB viram suas bancadas reduzirem de 2014 para 2018, apesar de lançarem nomes conhecidos. Enquanto isso, legendas nanicas, como o PSL, do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, conquistaram espaço. Em comum, siglas à direita ganharam poder.
O mandato de senadores dura oito anos, mas as eleições acontecem de quatro em quatro. Nestas eleições, dois terços da Casa serão renovados.
A onda de antipatia tragou o PT, que viu sua bancada cair de 13 senadores em 2014 para seis. Grande aposta da legenda, a ex-presidente Dilma Rousseff, que se candidatou por Minas Gerais, acabou ficando em quarto lugar nas pesquisas. Outros nomes populares, como do vereador Eduardo Suplicy (SP) e do senador Lindbergh Farias (RJ) também naufragaram.
O MDB foi outra grande sila que sofreu corte grande: a bancada caiu de 19 senadores em 2014 para 12 neste pleito. Nem mesmo Eunício Oliveira (CE), atual presidente do Senado, e o senador e ex-ministro de Minas e Energias Edison Lobão (MA) conseguiram se reeleger. Jader Barbalho (PA) teve sucesso em manter o cargo.
O PSDB também perdeu força, com uma bancada caindo de 10 para oito no Senado. Os titulares dos cargos podem mudar. Antonio Anastasia (PSDB-MG), por exemplo, irá disputar o segundo turno para governador. Se eleito, assumiria no Senado seu suplente, Alexandre Silveira (PSD).
Na esteira do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, o PSL viu sua bancada saltar de nenhum senador em 2014 para quatro nomes em 2018. Dentre eles, estão o filho do capitão reformado, Flávio Bolsonaro (SP), e Major Olímpio (SP).
A Rede, criada por Marina Silva em 2015, terá cinco nomes a partir de 2019. Para além de Randolfe Rodrigues (AP), que já estava no Senado, entraram quatro nomes.
Em 2014, o Rio Grande do Sul contava com senadores de PT, PP e PDT. Agora, as cadeiras serão ocupadas por PT, PP e PSD.